Superação, é a palavra desta semana

Na passada semana, fui testar a funcionalidade do SNS.

Depois de um dia intenso de trabalho, onde para agravar se juntou o desaparecimento do Aquiles, recebi uma chamada do meu filho mais velho a dizer que depois de terem andado toda à tarde à procura do cão, ele apareceu na piscina! Infelizmente, o Aquiles morreu afogado.

Tive uma crise de choro, e a névoa que já tinha na vista desde a hora de almoço, intensificou-se de tal forma, que deixei completamente de ver. Ainda desconfiei que me aparecesse à frente a qualquer instante, o Dom Sebastião.
Depois de medir a tensão e de ter percebido que a tinha demasiado alta, liguei para a Saúde 24 (808 24 24 24). Fui encaminhada para o 112, que fez deslocar à minha casa uma ambulância.
Depois de ser atendida no SUB em Arganil, fui conduzida para os HUC, cuja equipa foi inexcedível. Em 10 horas passei por 4 especialidades, e o diagnóstico chegou no que acho, face à gravidade do quadro, em muito pouco tempo.
Senti que os meus impostos, andam a ser muito bem empregues! 
Perdoem-me o desabafo, mas os profissionais de saúde que se cruzaram comigo, têm, para além de outras qualidades, nervos de aço. Trabalhar, no cenário onde estive, deve ser muito desgastante. Havia muitos doentes, sobretudo os mais idosos, que devido a situações diversas estavam demasiado ansiosos, advindo daí, comportamentos demasiado inflamados, que até a mim me puseram os nervos em franja.

Tive alta já quase ao nascer do sol, e fiquei de repouso 2 dias.

Há muito que sei, que a minha situação emocional não se coaduna com a vida stressante, que a todo o instante me desafia, mas desta vez fraquejei! Tudo não passou de um grande susto, mas fico feliz por ter encontrado profissionais tão prestáveis e atentos, desde os que me atenderam a chamada inicial, até à médica que me deu alta, passando pelos BVCoja, profissionais do SUB-Arganil e todos os das diferentes especialidades por onde passei na noite/madrugada.


Quanto ao Aquiles, bolas, perder assim um companheiro é deveras angustiante.
Tinha neste pequeno cão, todas as expectativas de um fiel companheiro, que andava comigo para todo o lado!!
Ando triste, mas tudo na vida tem um propósito, e espero que o tempo me ensine a superar mais esta perda.

No sábado e aproveitando a re-abertura do Centro de Interpretação das Pinturas Rupestres em Chãs d'égua, juntei-me a um grupo maravilhoso e rumámos em direção ao monte.

A caminhada vale a pena não só pelas gravuras e o seu valor histórico, mas também pela beleza ímpar da paisagem envolvente.

Para o percurso é preciso, para além de uma boa visão (há gravuras quase imperceptíveis), fôlego e não se pode dispensar água.

Obrigada ao Arqueólogo Fernando Neves, que orientou o simpático grupo e nos ajudou a contextualizar as gravuras.

Fim-de-semana prolongado é sinónimo de trabalho exigente, e infelizmente não estive à altura de conseguir prestar um bom serviço.
Esta foi a Páscoa, em que atendemos um maior número de clientes em ambos os espaços D'aqui e D'acola. E infelizmente eu estava a meio gás. 

Domingo de Páscoa foi outro desafio. Os miúdos almoçaram comigo, junto com a minha Irmã Dina, o meu cunhado Victor e o meu afilhado David.
 Mas a sua ausência ao jantar foi deveras angustiante. 
Acabei por ir jantar, tardiamente e sozinha, a um dos meus restaurantes favoritos.

Hoje fui treinar, mas não sei se devido ao que aconteceu na semana passada, para além de me ter sentido demasiado cansada, vim muito nauseada para casa.
Mais uma semana que começa, mais uma prova a superar.


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